O Arquiteto e a Cidade Acessível



Todos os anos, o Departamento de Arquitetura da Universidade da Califórnia, Berkeley atribui o Berkeley Prize de modo a promover a pesquisa de arquitetura como arte social. O tema deste ano era “O Arquiteto e a Cidade Acessível.” O ensaio que se segue, “Um dia na vida de um utilizador de cadeira de rodas: circulando por Lincoln,” escrito por Sophia Bannert da Universidade de Lincoln, venceu o primeiro prêmio. 
O discurso arquitetônico tornou-se gradualmente incoerente com as necessidades sociais e éticas da cidade contemporânea. Com a relação tensa entre a teoria e a prática, a irrelevância social no design é ubíqua. Os arquitetos que praticam a profissão vêem frequentemente a teoria como esotérica e não-transferível, enquanto muitos teóricos não manifestam as suas idéias na realidade através da construção. Este trabalho foi escrito para persuadir, motivar e encorajar que existe valor real na promoção das idéias que se seguem. Os conceitos propostos não são apenas aplicáveis à cidade de Lincoln, são relevantes e adaptáveis à todas as cidades. Inspirado pela arquitetura que ainda não se manifestou, espera suscitar o espírito necessário para erradicar desigualdades sociais no desenho urbano.
Como disse Albert Einstein: “Se os fatos não encaixam na teoria, mudem-se os fatos”
fonte Artigos Arch Daily
Muito aos pouquinhos, a nossa cidade vem animando-se com a ideia da melhoria nas calcadas, do cuidado com a limpeza, da qualidade de vida de seus habitantes.
Achei interessante esta matéria porque um cadeirante dificilmente pode circular mais de duas quadras em nossa cidade.
Rampas de acessibilidade ao cadeirante necessitam de uma inclinação máxima, o que não tem sido praticado por aqui. O cadeirante precisa locomover-se com autonomia. Uma simples rampa não quer dizer que ele consiga se deslocar, mas sim, ser empurrado por um acompanhante. E isto viola os códigos de obra, as normas brasileiras. Mas estão la e aqui…
Quanto aos paralelepípedos, tao lindos e históricos… Não precisaríamos elimina-los, porem realinha-los, de forma mais rasa, que permitisse o deslocamento das rodas.

Alem da questão de pisos escorregadios.

Em uma sociedade os indivíduos aprendem atitudes sociais uns com os outros. Os pensamentos individuais fundem-se numa consciência coletiva, mostrando um ‘comportamento de manada’ a um nível inconsciente. Os preconceitos relativos à deficiência são muitas vezes aprendidos desta forma. Pode dizer-se que as mídias sociais se tornaram recentemente um fluxo vivo de consciência coletiva visualizada. Por isso, este meio tem um grande poder para combater as barreiras sociais.

Aproveitando a intenção de melhoria de calçadas em Taquara, aproveito para chamar-lhes a atenção para acessibilidade de forma séria e responsável.
Em anos diferentes tive duas quedas acidentais buscando material em uma loja local. Percebi que se repetiram as quedas no mesmo local. Uma escada mau dimensionada, sem proporção para a escala humana. Pensei…devo estar ficando velha e me desequilibrei. Mas que nada! Nada disso! Olhando com maior critério percebi que nos acostumamos com erros de projeto, de urbanismo, de paisagismo, e por ai vai! Preciso cobrar estas correçõesvocê precisa!
Sugeri que instalassem um corrimão, mas na verdade hoje acho que aquela escada deveria ser demolida, redimensionada, com rampa para acessibilidade e tal…Ofereci um projeto gratuito! Mas ate hoje ela continua la! E outros tantos acessos errados continuam no mesmo lugar e o pior, sendo repetidos.
Fica ai a dica! Olhem com critério, reclamem, cobrem. Sem essa intervenção a cidade continuará  a mesma ou ainda pior. 



Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar para o topo